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Showing posts from January, 2014

1415: Ceuta

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Imagem original: Gravura de Ceuta de Georg Braun (séc. XVI).

Ceuta e Tânger

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Imagem original: NASA As leituras sobre as opções estratégicas em África precisam que se testem também numa dimensão mais prosaica, como a perspectiva que se toma da simples observação de um mapa. Direi que salta à vista o interesse geoestratégico de uma posição reforçada e concertada no norte marroquino, passando pela posse de Ceuta e Tânger (ver imagem). Na medida das circunstâncias do séc. XV, aquele corredor, que abre e fecha o Mediterrâneo ao Atlântico, tem uma importância maior. Pode ver-se nisso um interesse militar, um valor económico, uma dimensão política, mesmo um poder espiritual. À mesa dos interesses maiores do Estado o corredor marroquino seria sempre um argumento sério e de valor. Que posteriormente as estratégias assumidas e as manobras praticadas tenham sido desmedidas, essa é uma questão paralela. Igualmente o são as conjunturas que emergiram do contexto pós conquista de Ceuta e tudo o que sobre isso se deve observar.

1437: Tânger

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Imagem original: Gravura de Tânger de Georg Braun (séc. XVI).

A Expansão Portuguesa

"A Expansão Portuguesa em África iniciou-se a partir de três frentes: a guerra em curso contra os muçulmanos na Península Ibérica, que extravasou para o outro lado do estreito de Gibraltar; a exploração dos mares a oeste de Portugal e a descoberta das ilhas do Atlântico; e a demanda do Preste João e de uma rota para as suas terras, bem como o desenvolvimento do comércio em produtos mais prosaicos, como ouro e escravos. As frentes eram interdependentes: a exploração das ilhas atlânticas podia ajudar a financiar as guerras no Norte de África, e uma aliança com o Preste João seria um modo de encontrar apoio na retaguarda das potências muçulmanas do Norte de África. O êxito numa frente poderia torná-la temporariamente prioritária em relação às outras." in " Os Portugueses em África " THORNTON, J.K. in A Expansão Marítima Portuguesa, 1400-1800 ed. F. BETHENCOURT e D. RAMADA CURTO.

Lagos aos séculos XIV e XV

"Todo o território passa por uma fase de conquistas e reconquistas, entre árabes e cristãos, ficando definitivamente sob o poder dos segundos a partir de 1249. Começa então para Lagos uma época de expansão, que D.Diniz inicia, integrando-a num contexto mais vasto de desenvolvimento, mandando levantar nova cêrca. Em 1361 Lagos separa-se da jurisdição de Silves, ficando vila independente, regressando ao comércio e à indústria da pesca. A sua população corresponde a 1.000 fogos. As explorações das "almadravas" e dos a"acedares" (armações de atum e sardinha), a pesca da baleia, que se processava a partir da povoação da Sra. da Luz e a pesca do coral, eram realizadas por concessão a sicilianos, genoveses, milaneses e marselheses. O desenvolvimento referido origina a formação de um novo núcleo urbano extramuros em torno da ermida de N.S. da Conceição (onde hoje se encontra implantada a igreja de S.Sebastião), ficando assim Lagos com dois polos de vida urbana porv

As Primeiras Viagens no Atlântico

Sataspes (Pérsia), séc. VI-V a.c. Euthymenes (Massalia), séc. VI a.c. Hanno (Cartago), séc. V a.c. Pytheas (Massalia), séc. IV a.c. Juba II (Mauritânia), séc. I d.c. Polybius (Grécia), séc. II d.c. Geógrafos, historiadores, ou mesmo viajantes, citados por Duarte Pacheco Pereira (Esmeraldo de Situ Orbis): Marco Estrabão (Capadócia), 64 a.c. - 24 d.c. Homero (Grécia), séc. IX a.c. Plínio (Roma), séc. I Hanno (Cartago), séc. V a.c. Eudoxo (Grego), séc, IV a.c. Pompónio de Mela (Tingentera/Algeciras), séc. I a.c.