Ceuta e Tânger
Imagem original: NASA
As leituras sobre as opções estratégicas em África precisam que se testem também numa dimensão mais prosaica, como a perspectiva que se toma da simples observação de um mapa. Direi que salta à vista o interesse geoestratégico de uma posição reforçada e concertada no norte marroquino, passando pela posse de Ceuta e Tânger (ver imagem).
Na medida das circunstâncias do séc. XV, aquele corredor, que abre e fecha o Mediterrâneo ao Atlântico, tem uma importância maior. Pode ver-se nisso um interesse militar, um valor económico, uma dimensão política, mesmo um poder espiritual. À mesa dos interesses maiores do Estado o corredor marroquino seria sempre um argumento sério e de valor.
Que posteriormente as estratégias assumidas e as manobras praticadas tenham sido desmedidas, essa é uma questão paralela. Igualmente o são as conjunturas que emergiram do contexto pós conquista de Ceuta e tudo o que sobre isso se deve observar.