Adahu
"Cheios de satisfação, saltaram em terra [Nuno Tristão e Antão Gonçalves] com as suas armas e apanharam treze homens e mulheres (…). Entre eles, tomaram um ancião muito respeitável, de nome Adavu [Adahu]. Alguns deles eram ruivos, outros negros. (…) Por estes teve início o conhecimento daquela região: como era povoada. (…). O senhor Infante ficou a saber por eles o caminho para chegar a Tambucutu [Tombouctou]. (…) Disseram que os árabes quando vão de Adém [Ouadane] para Tambucutu levam um total de 400 a 500 camelos em fila. (…) Disseram também que muitas vezes de Tambucutu faziam regresso uns 300 camelos carregados de ouro. Foi esta a primeira notícia que se pôs a correr sobre o ouro e onde se encontrava a origem dele."
SINTRA, D.G. (2002). Descobrimento Primeiro da Guiné. Edições Colibri, Lisboa
Adahu é uma figura curiosa das primeiras navegações atlânticas portuguesas. É Adahu quem pela primeira vez dá directo conhecimento aos portugueses sobre questões de interesse económico em África. Será este ancião quem primeiramente testemunha sobre as extensas rotas que ligam todo o interior africano com os mercadores do Médio Oriente e Norte de África, bem como sobre os comércios em Tombouctou e de como à cidade converge, não só o ouro, mas as raras especiarias, os tecidos finos do Oriente, ou ainda gemas e jóias do próprio continente africano.
SINTRA, D.G. (2002). Descobrimento Primeiro da Guiné. Edições Colibri, Lisboa
Adahu é uma figura curiosa das primeiras navegações atlânticas portuguesas. É Adahu quem pela primeira vez dá directo conhecimento aos portugueses sobre questões de interesse económico em África. Será este ancião quem primeiramente testemunha sobre as extensas rotas que ligam todo o interior africano com os mercadores do Médio Oriente e Norte de África, bem como sobre os comércios em Tombouctou e de como à cidade converge, não só o ouro, mas as raras especiarias, os tecidos finos do Oriente, ou ainda gemas e jóias do próprio continente africano.