O Fra Mauro
Os primeiros dados sobre a Cartografia portuguesa, aqueles que precedem e directamente sustentam a emergência dessa mesma Cartografia, apesar de pontualmente documentados não encontraram qualquer prova material.
Vimos como em 1428 o Infante D.Pedro trouxe de Veneza um mapa-mundo [link]. Trata-se de um elemento curioso e também de um aspecto novo na diplomacia portuguesa.
Depois, e desde 1434, talvez mesmo logo desde a década de 40, sabemos que em Portugal se terão feito cartas náuticas. Tal foi pelo menos solicitado pelo Infante D.Henrique [link] [link].
Ainda em 1459 há conhecimento da chegada a Portugal de um novo mapa-mundo, feito igualmente em Veneza, a pedido do rei D.Afonso V, pelo monge Fra Mauro.
De todos estes factos não temos hoje qualquer vestígio material conhecido.
Paralelamente fala-se ainda da vinda de um mestre em cartas de marear a Portugal, a pedido do Infante D.Henrique [link], mas sobre este episódio temos várias reservas [link].
De tudo isto há porém uma ideia que podemos considerar. Todos os mapas e cartas que referimos podem ter uma relação directa e poderão ter sido usados em desenvolvimentos entre eles mesmo.
Sabe-se que o pedido de realização de cartas de marear, feito pelo Infante D.Henrique, se baseava nas incorrecções detectadas no mapa então existente. Ora, este mapa pode bem ser o mapa-mundo trazido pelo Infante D.Pedro. Aliás, não há conhecimento de que outro mapa, pelo menos um mapa-mundo actual, existisse em Portugal.
Por outro lado é igualmente referido por Fra Mauro que para a realização do seu mapa-mundo terá recebido cartas portuguesas da costa ocidental africana. Ao invés da primeira situação, aqui o que temos são as cartas de marear a serem usadas para o desenho actualizado de um novo mapa-mundo, mantendo-se assim um eventual e curioso circuito de conhecimentos.
Convém todavia ressalvar que o mapa-mundo de Fra Mauro que chegou até hoje, e que se guarda em Veneza, não é o original enviado para Portugal, mas uma suposta cópia que permaneceu em Itália.
Vimos como em 1428 o Infante D.Pedro trouxe de Veneza um mapa-mundo [link]. Trata-se de um elemento curioso e também de um aspecto novo na diplomacia portuguesa.
Depois, e desde 1434, talvez mesmo logo desde a década de 40, sabemos que em Portugal se terão feito cartas náuticas. Tal foi pelo menos solicitado pelo Infante D.Henrique [link] [link].
Ainda em 1459 há conhecimento da chegada a Portugal de um novo mapa-mundo, feito igualmente em Veneza, a pedido do rei D.Afonso V, pelo monge Fra Mauro.
De todos estes factos não temos hoje qualquer vestígio material conhecido.
Paralelamente fala-se ainda da vinda de um mestre em cartas de marear a Portugal, a pedido do Infante D.Henrique [link], mas sobre este episódio temos várias reservas [link].
De tudo isto há porém uma ideia que podemos considerar. Todos os mapas e cartas que referimos podem ter uma relação directa e poderão ter sido usados em desenvolvimentos entre eles mesmo.
Sabe-se que o pedido de realização de cartas de marear, feito pelo Infante D.Henrique, se baseava nas incorrecções detectadas no mapa então existente. Ora, este mapa pode bem ser o mapa-mundo trazido pelo Infante D.Pedro. Aliás, não há conhecimento de que outro mapa, pelo menos um mapa-mundo actual, existisse em Portugal.
Por outro lado é igualmente referido por Fra Mauro que para a realização do seu mapa-mundo terá recebido cartas portuguesas da costa ocidental africana. Ao invés da primeira situação, aqui o que temos são as cartas de marear a serem usadas para o desenho actualizado de um novo mapa-mundo, mantendo-se assim um eventual e curioso circuito de conhecimentos.
Convém todavia ressalvar que o mapa-mundo de Fra Mauro que chegou até hoje, e que se guarda em Veneza, não é o original enviado para Portugal, mas uma suposta cópia que permaneceu em Itália.
O mapa-mundo de Fra Mauro (cópia)
Imagem Original: Wikipédia