Na imagem, Ouadane . Entreposto em oásis sob o eixo senegalês-marroquino das rotas do ouro e escravos, e que poderá ter estado na base da fundação da feitoria portuguesa de Arguim na costa ocidental africana. A visão portuguesa sobre Marrocos não se pode ler dissociada do enredo Peninsular. Qualquer que seja a perspectiva, será sempre intrínseca da questão castelhano-aragonesa. Em que medida? Na medida de uma gestão de equilíbrios, influências e pressões: na Península; indirectamente na Europa; nos acessos ao Mediterrâneo e Mar do Norte; na posição de força sobre estas questões; e por último no abrir de opções para o Atlântico Sul, se bem que, pelo menos aqui, nos deparemos internamente diante estratégias díspares em face do tema marroquino e africano. Em termos genéricos, os sinais de que uma posição portuguesa sobre o Atlântico Sul havia sido clarificada em meados de Quatrocentos, percebe-se, objectivamente, com a inauguração da feitoria de Arguim. Esta posição é reforçada