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Isidorius Hispalensis

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Mapa-mundo presente no Códice Salemitani IX, 39, colectânea do séc. XII onde se reúnem cópias das Etymologiarum e do De Natura Rerum de Isidorius Hispalensis (Isidoro de Sevilha). Imagem original: Universität Heidelberg

Lambert

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Esfera terrestre de cinco zonas e Círculo Solar (Sol estival, equinocial e hiemal) em o Liber Floridus  (séc XII). Lambert representa a Terra com base no trabalho de Macrobius (séc. V) e escreve claramente que esta é esférica, se bem que o desenho, segundo os cânones modernos, não nos dê referências gráficas nesse sentido. Teremos de ter presente que as dificuldades de representação, se de facto entendermos como dificuldades e não tão só como diferenças de estilo, não podem desvirtuar as concepções cosmológicas. Imagem original: Herzog August Bibliothek [ link ]

1430-35

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Reconstituição de trabalho de Fra Angelico (1395-1455). Por Michel Laclotte. De novo a produção artística europeia (c. 1430) ao tempo das primeiras viagens portuguesas na costa ocidental africana, imediatamente antes ou após a passagem do Bojador. [ link ]

Os Estados Latinos do Oriente (Síria e Palestina)

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Os Estados Latinos do Oriente (Síria e Palestina), após a Primeira Cruzada: os Condados de Edessa e Trípoli, o Principado de Antioquia e o Reino Latino de Jerusalém. As Cruzadas são comummente apontadas, quando se fala da conquista de Ceuta e depois da diáspora atlântica, como tema de primeira linha nas inspirações portuguesas. Será importante por isso perceber-se o seu contexto para depois explicarmos as movimentações iniciais dos portugueses no norte africano, quer sobre Marrocos ou mais ambiciosamente depois quanto às referências ao Reino do Preste João. Esta perspectiva de escala será de facto interessante testar. Mas convém desde logo realçar também que a inspiração das Cruzadas constitui não mais que uma das teses para o tema marroquino e africano. E será conveniente sublinhar que apenas fará sentido num contexto de convivência com outras abordagens, nomeadamente (i) as relativas aos aspectos económicos, como a exploração das rotas caravaneiras do ouro, à cabeça, (ii) as r

Proposta: de Afonso X à Grande Ibéria

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A Dobragem do Cabo Bojador

“Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor.” Fernando Pessoa Sempre se tem procurado nos baixios, nas restingas, nas correntes, nos açoreamentos, enfim, na natureza das circunstâncias palpáveis e visivelmente suspeitas, uma razão, ou um conjunto delas, para achar a dificuldade na passagem do Cabo Bojador. Desde a Antiguidade, e muito em particular desde que os filósofos jónicos projectaram uma mundividência pensada à escala mediterrânica, o Mundo representado adquire expressão plástica, desde então tida como uma posição de verdade. As propostas medievais mais não fizeram do que acentuar e legitimar essa visão, contribuindo para a mitificação dos espaços, particularmente os que, como o Bojador, nitidamente identificavam limites de uma conjectura geográfica. O Bojador assinalava por isso, e sobretudo a partir das cosmologias alto-medievas, o lugar ermo e esquina fantástica das terras emergentes habitadas, conspicuidade para lá da qual se empurravam as palavras angu

A Armeria

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A Armeria marítima, a planta que Gil Eanes trouxe das terras a sul do Bojador na sua primeira viagem depois de passar o cabo. Imagem: Wikipedia .